quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

30 ° dia - Ourinhos – Belo Horizonte

Distância  820 km. 10 horas.

Dificuldades: Chuva


Surpresas: Capitólio.

Estradas ótimas, e consequentemente, altas velocidades e mais abastecimentos, na média a moto está fazendo 15- 16 km/l . 

Tudo ia bem até chegarmos próximo a Capitólio, uma chuva forte atrapalhou o desempenho e reduzimos muito a velocidade, mas com calma nossa viagem terminou, chegamos as 20:40h em casa. 

Só podemos agradecer a Deus pela oportunidade e por não termos nenhum problema nesta viagem de 10 mil KM em 30 dias por cinco países diferentes.



29 ° dia - Bonito (MS) - Ourinhos(SP)

Distância  825 km. 10 horas.


Dificuldades: Cansaço, pane da moto.


Surpresas: Rio Paraná https://youtu.be/D6JQkdZdlfU

Depois de muita relutância, voltamos para a estrada e rumo a casa (Sim queríamos ficar mais uns dez dias em Bonito). Estradas muito boas, várias paradas para fotos e abastecimento. 



A  moto não apresentou mais o chilique da fronteira da Bolívia, acho que ela só estava estressada.




28 ° dia - Bonito (MS) é bonito pacas!!


Distância  0 km.

Dificuldades  entrar no rio Sucuri, sair do rio Sucuri




Surpresas o Rio Sucuri


Depois do dia super empolgante no Balneário público da cidade, fomos conhecer o Rio Sucuri que, segundo os locais, é o 3º Rio mais cristalino do mundo. 
Infelizmente o tempo não estava dos melhores, amanheceu chovendo, então a água não estava muito limpa e transparente mas deu pra aproveitar bastante.























27 ° dia - Corumbá (MS) - Bonito(MS)

Distância  350 km. 4 horas.


Dificuldades: Pane da moto, cobra.


Surpresas: Bonito

Estamos indo para casa!! 
Só que não!! Bem, sabe a vontade louca de ir o mais rápido possível para casa? 
Pois é, ela passou assim que começamos a andar na estrada e ver um pouco do Pantanal e placas indicando Bonito.





E aí já viu, era um desvio pequenininho de 130 km, quase nada, e fomos!!!

Gente, se tiverem oportunidade vão a Bonito, diga-se de passagem o nome não faz mérito a região. Bonito é lindíssima, tipo Gisele Budchen desfilando nas olimpíadas. 

Estradas ótimas, 




Susto só um gavião que estava comendo uma cobra na estrada e quando passamos de moto ele voou mas não conseguiu levar a refeição que acabou caindo em mim. O David está rindo até agora.

E tinha essa placa estranha..




Chegamos em Bonito eram 13:45h sem almoço, um calor de 33 graus, jogamos a roupa de moto longe e corremos de novo para.... a moto, sim, para irmos ao Balneário Público (35 reais a entrada).Quando chegamos... bem, olhe as fotos...








26 ° dia - Santa Cruz de La Sierra (BOL) - Corumbá (MS)

Distância 670km. 7 horas.



Dificuldades: Gasolina,  fronteira, pane da moto

Surpresas : Rick,




Depois de três dias por estradas travadas, em reforma, com buracos, finalmente uma estrada ótima, porém sem gasolina!!!

Na verdade, nos três primeiros postos não tinha energia, então sem gasolina para ninguém, como tínhamos o bidon (galão) não ficamos tão preocupados, veio o quarto posto... sem energia, veio o quinto posto, com energia!!! Só que não tinha a fatura ( nota fiscal) para estrangeiro então não poderíamos abastecer. Quando íamos procurar pelas casas alguém vendendo gasolina  (é comum por lá) , apareceu o  Rick.


O Rick  é um boliviano do motoclubsantacruz que nos ajudou comprando a gasolina, ele estava indo com o grupo deles para uma cidade proxima. 



Resolvido o problema da gasolina com a ajuda do Rick. 

E então quase chegando na Fronteira com o Brasil, a moto começou a falhar, a buzina tocando sozinha, painel apagando, ligando o aquecedor, uma loucura, por fim o painel deu um sinal de exclamação que de acordo com o manual, deve-se parar a moto, e foi o que fizemos. Conseguimos chegar em um posto a 7 km da fronteira, desligamos a moto e pensamos %%#@% danou-se. Depois de alguns minutos desligada o David resolveu liga-la novamente e....


Funcionou!! Sem alarmes, sem tocar buzina, fomos devagarinho até a fronteira e conseguimos sair da Bolívia sem maiores perrengues.



25 ° dia - Cochabamba - Santa Cruz de La Sierra

Cochabamba - Santa Cruz de la sierra. 
Distância 480km. 8 horas.

Trajeto muito travado, toda hora saia do asfalto para um calçamento irregular.  Acho que foi a última montanha que passamos, do percurso  total de 7 horas, três  horas foram só  para descer uma montanha  com aproximadamente  100km.  Estamos a 37 graus e já  estamos com saudades do frio. 
Turma, no fim da montanha  não  havia mar, muito  menos  uma cerveja,  não havia nem gasolino, rodamos um pouco  até  a primeira  cidade  . Chegando  na cidade advinha: cidade sem luz, sem bomba de gasolina  e uma fila gigante  no posto, as pessoas  tinham  fé  que  a energia  ia voltar. Perguntei  a um frentista o porquê  da fila gigante  e o porquê  de  tantas pessoas a pé  com galão  de gasolina, ele  me respondeu  que  na região  é  comum faltar combustível  e que às  pessoas  compram gasolina para  estocar e para vender para estrangeiros  ( acredite você  paga o dobro do preço  por  ser estrangeiro e não  são  todos os postos  que irão  querer vender para você,  pois a nossa nota fiscal  é  diferente ).
Desistimos da primeira  cidade , fomos a segunda  e terceira, todas lotadas  esperando o retorno  da luz.
Na quarta cidade não  teve  jeito,  paramos e ficamos  conversando  com uns nativos que não  sei se falavam quechua ou espanhou, nesse posto não  tinha fatura para estrangeiros.  Um funcionário  da lojinha  do posto, muito  gentil  de dispôs  a nos ajudar.  Ele pediu para uma mulher  que  acredito  ser sua esposa ir buscar um galão  e comprar  gasolina  para nós.  Ela furou a fila dos nativos  e nos deu a gasolina  , ao pagar ela vendeu pelo mesmo preço  dos bolivianos  e não  aceito nenhum  dinheirinho a mais como contribuição.  Achei  muito educado  e solidário esse casal.
Enquanto o David  resolvia as questões  de combustível  eu bati o maior papo com dois meninos que tentavam me vender uma gelatina . Seus nomes eram Fernando e Marcos , um com 6 e outro com 7 anos ,  eles ficavam pondo a mão  na moto próximo  ao cano de descarga, morri de medo deles se queimarem. Expliquei umas 4 vezes , onde era o lado caliente da moto. Eles reconheceram a bandeira da Bolívia  e do Peru, me explicaram que trabalham vendendo gelatina, mas que também  estudam , dói  o coração  ver crianças  trabalhando tão  duro

24 ° dia - La Paz - Cochabamba

Distância :    380 km, ou seja, 6 ou 7 horas!!!


Turma saímos de Laz Paz por uma avenida duplicada próximo  ao Hotel. Foi bom, por alguns  kilometros , mas  logo entendemos que  a rodovia até  Cochabamba  está em construção.  Eram alguns kilometros por asfalto  e outros por ripio, fazer isso em uma big trail é  tranquilo  fomos a uma velocidade  favorável.  Confesso que sinto uma dor de cotovelo  desde o Chile, pois o Chile, a Bolívia  e o Peru estão  em constante construções de rodovias, nestes momentos lembro da BR262 que leva ao Espírito  Santo  e lembro das rodovias  do norte  do Brasil , aí! ! aí! ! Hoje  também  senti uma raiva do Evo Morales, pois  aqui parece não  haver oposição  , todos os muros são  pintados con Evo Si. Tive tanta  raiva  , quando  vi a quantidade de crianças  e idosos trabalhando de forma tão  pesada. As senhoras são  corcundas de tanto peso que carregam nas costas, as pessoas não  tem muita educação  ambiental,  todos jogam lixo pela janela  do carro, você  olha na rodovia e vê  uma quantidade enorme  de garrafas  de refrigerante  e plástico,  é  uma  pena, uma vez que a paisagem  da rodovia é  linda.     
Momento de terror: Banheiro.
Quem me conhece  sabe que não  sou fresca e que não  gosto muito de "fru fru", mas a hora do banheiro  na estrada foi F#$@ , quase vomitei com o cheiro de urina forte. O pior é  que na hora de comprar  o ingresso  para o bano que custa 1 boliviano, em uma parada de ônibus , apararentemente limpa ( o chão  estava molhado com marcas de rodo, indicando que o banheiro  tinha acabado  de ser lavado), eu comecei a tocir bem forte, só  escutei  o David  gritar  do lado de fora : coloca a bala clava para  abafar o cheiro. E assim, o número  1 mais rápido  da minha  vida. Sai correndo do banheiro, fui até  a mala tanque na moto  e peguei  lenços  humudecidos e álcool gel  para limpar às  mãos  e para cheirar.

Agora, falando em coisas boas:

Em Cochabamba vi os primeiros  sinais de civilização,  tinha prédios  modernos e menos confusão  nas ruas.  A temperatura  aumentou de 11° para 26° graus, depois de uns 15 dias consegui por short e ter a sensação  que começo a voltar para a casa. Em Cochabamba, tem praças  bonitas e restaurantes  legais, estou em  uma região com muitas universidades de medicina  que tem vários  estudantes brasileiros

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

23 ° dia - Copacabana - La Paz

Distância : 170km com travessia  em balsa.

Dificuldades: La Paz, gasolina

Surpresas: Titicaca


Turma, choveu à noite anterior  inteira , nos programamos de acordar mais tarde.

O caminho de Copacabana até  onde se pega a balsa para ir  à  La Paz é  lindo, temos  uma visão  ampla do Lago Titicaca  que não  se vê  de Puno. Um pouco de gelo na pista também.

Pegamos um trecho em que se via neve nas montanhas,  um expetáculo da natureza.  O David ficou tenso ao colocar  a moto com as bagagens pesadas na balsa, eu só  me diverti e tirei fotos  dos ônibus  e vans lotados  de passageiros atravessando o lago.





 Ao chegar  em La Paz, nosso gps nos colocou em uma " fria "nos enviando direito ao centro da cidade.  Não  era necessário  passar no centro, nosso hotel ficava na região  sul da cidade,  já  na direção  da estrada  que leva  a Cochabamba, para exemplificar é  como se você  estivesse  em Ribeirão  das Neves e quisesse ir ao Belvedere , só  que com todas as vias em reforma ou duplicação   e os desvios  eram por estradas  de terra .


 Essa "gracinha" do gps nos fez perder 2 horas no  centro de La Paz, os bolivianos que me desculpem, mas  o centro de La Paz é  bem feio, as casas não  possuem reboco e o trânsito  é  um caos,  caos é pouco, é o inferno na terra, ficamos 10 minutos presos entre vans que param em fila quádrupla . Um motociclista da bolivia nos guiou para sair do caos. Enfim, chegamos  ao hotel Oberlan às  15horas ,  almoçamos  e estamos aqui curtindo uma preguicinha, pois amanhã  pegamos  estrada  bem cedo.

Próximo destino : Cochabamba

22 ° Cusco (PER) - Copacabana (BOL)

Distância : 450km com fronteira.

Dificuldades: Fronteira

Surpresas: Titicaca



Hoje foi dia de acordar  e me despedir de Cusco e do lindo país do Peru. Isso é  apenas um até  longo, pois  quero conhecer  Nascar, Lima, Vale de Colcha e é claro, quero voltar a Machu Pichu.

Saímos  de Cusco  às  7h da manhã, não  sei o porquê , mas hoje ,em plena segunda  feira  a estrada até  Puno estava com menos tráfego  e desenvolvemos mais.


 De Puno, fomos até  a fronteira  do Peru com a Bolívia,  os policiais  peruanos, como sempre muito simpáticos conosco.



 Ao dar entrada na Bolívia,  tivemos sorte, pois  estava vazio. Encontramos um grupo de motociclistas  da Argentina  que nos alertaram para sermos gentis com os policiais,  eles acabaram  de ser multados só  porque  estacionaram do lado errado do cone ( não  tinha sinalização  de qual era o lado certo).

O policial que nos atendeu foi arrogante, fiquei muito brava. Ele teve a coragem  de me perguntar  se no Brasil  tem código  de trânsito. Respondi que é  claro  que tem,  que  todos nós  sabemos  muito bem o código de trânsito e que isso é  premissa  básica  para tirar  carteira de habilitação.  O David mais calmo e sereno respondeu, sim temos código  de trânsito  e observamos muito  a sinalização  do Peru para cá. Senti que  o policial  queria vender o livrinho do código  de trânsito,  fechei  o  carão  com ódio daquele cara metido a besta. Ele teve coragem  de  perguntar qual a velocidade  para andar  na carretera e qual a velocidade  para andar na zona urbana,  o David respondeu certinho e ele nos liberou. Só  ouvi meu marido falando no áudio  do capacete: cala a boca mulher, vamos sair rápido  daqui ,  não  cria confusão  fora do seu país.


Chegamos  a Copacabana e nos hospedamos em um ótimo  hotel da cidade,  em frente  ao  Titicaca,  conseguimos  um bom  preço  reservando pelo booking ( R$ 130,00 o casal).

 Neste hotel, comi uma trucha a la plancha maravilhosa por 40 pesos bolivianos. Estavamos tão  cansados que nem saímos  do hotel, ficamos  observando o pôr do sol da sacada do bar do hotel.





21 ° dia - Ollantaytambo - Cusco


Distância 80km tempo:2 horas.

Dificuldades: nada.

Surpresas: Cusco

Dormimos em  Águas  Calientes  na noite  anterior,  de lá  pegamos  um  trem da Peru Rail  até  Ollantaytambo,  a fim de pegar a moto e seguir viagem para Cusco.



A estrada , depois de Ollantaytambo,  é muito travada, muitos carros.

Cusco é gigante comparada as outras cidades.  Ao chegar  na cidade,  você observa construções sem reboco que faz  lembrar uma grande favela, entretanto,  a região do centro  histórico  é  linda.

Procure um hotel  próximo  a belíssima plaza de armas, de preferência  para um hotel bem perto e com estacionamento . A noite parece super agitada, a cidade fica mais bonita na penumbra ,  a iluminação  dos prédios  e restaurantes  dão  um  charme a parte. Para  quem é  solteiro , recomendo  as baladas  e festas nos pubs, já  para os casados o lugar  é  cheio de restaurantes  românticos.

19 e 20° dia - MACHU PICCHU

Distância : não importa.

Dificuldades: Ansiedade de chegar

Surpresas: O trem.



Foram duas horas de trem  da Perurail.






Só tenho a dizer : gratidão , gratidão ,gratidão , gratidão oportunidade de  vir aqui e por minha saúde , o resto é  acréscimo.  Só  vindo aqui  para sentir a energia deste lugar  encantador.